Hoje um amigo contou-me que tinha adquirido um gira-discos (ainda se encontram algumas relíquias por aí...) e mais 400 LP's antigos. Não pude deixar de felicitá-lo pela sua aquisição. Além do facto de todas aquelas melodias lhe poderem proporcionar uma longa e deliciosa sessão nostalgia que ele pode até dividir em pequenas doses diárias saudáveis para fazer render mais o prazer... rsrs, achei que havia também em tudo isso um reviver de experiências sensoriais que não era de desprezar. Então pedi-lhe para que, após a sua experiência auditiva, partilhasse comigo as sensações que tivesse ao ouvir de novo aquele barulhinho característico da agulha a passar no vinil e a saltar de vez em quando, no caso do disco estar riscado... rsrs
Eu sou meio nostálgica mesmo... não pelos gira-discos ou pelos LP's (acho que agora a qualidade sonora é incomparavelmente melhor sem falar na arrumação que é muito mais prática) mas havia toda uma solenidade em torno da compra de um LP... o chegar a casa, abrir a capa, retirar o disco de vinil negro e brilhante do envólucro plástico, limpá-lo com aquela esponjinha de veludo e depositá-lo, cuidadosamente, no prato do gira-discos, depois carregar na tecla "play" e ver o braço do gira-discos com a sua agulha mágica avançar devagar e pousar delicadamente bem no comecinho do enorme disco, e depois, lentamente, ver a agulha subir e descer ao sabor da ondulação do vinil... se a ondulação fosse demasiada era uma chatice, a agulha acabava por saltar e zut! lá se ia a sequência melódica! Então talvês fosse melhor pôr o disco debaixo de uma pilha de muitos outros para ele ficar mais direitinho! rsrs
Se pensarmos bem, toda esta experiência tinha muito de sensual... um prazer que foi perdido em troca de uma maior performance técnica e qualidade sonora, um pouco, aliás, como todo o resto que acompanha os gira-discos... agora é tudo mais perfeito e mais plastificado... menos os sentidos, valha-nos isso!!
Eu sou meio nostálgica mesmo... não pelos gira-discos ou pelos LP's (acho que agora a qualidade sonora é incomparavelmente melhor sem falar na arrumação que é muito mais prática) mas havia toda uma solenidade em torno da compra de um LP... o chegar a casa, abrir a capa, retirar o disco de vinil negro e brilhante do envólucro plástico, limpá-lo com aquela esponjinha de veludo e depositá-lo, cuidadosamente, no prato do gira-discos, depois carregar na tecla "play" e ver o braço do gira-discos com a sua agulha mágica avançar devagar e pousar delicadamente bem no comecinho do enorme disco, e depois, lentamente, ver a agulha subir e descer ao sabor da ondulação do vinil... se a ondulação fosse demasiada era uma chatice, a agulha acabava por saltar e zut! lá se ia a sequência melódica! Então talvês fosse melhor pôr o disco debaixo de uma pilha de muitos outros para ele ficar mais direitinho! rsrs
Se pensarmos bem, toda esta experiência tinha muito de sensual... um prazer que foi perdido em troca de uma maior performance técnica e qualidade sonora, um pouco, aliás, como todo o resto que acompanha os gira-discos... agora é tudo mais perfeito e mais plastificado... menos os sentidos, valha-nos isso!!
Mas os "DJ," especialmente os de "rap," mantem essa afinidade com o vinil. Eh fascinante ve-los manipular a tecnologia do passado e trazer para o presente com um tom todo unico, que traduz o "ruido," transformando-o em tecnologia de ponta. Acho que nao eh preciso desistir dos sentidos, mas saber encontra-lo nesse novo mundo de mais alta-fidelidade.
RépondreSupprimerE continuando o papo do Lacio, aqui no Brasil, e com certeza em paises do primeiro mundo existe uma tendência a volta do LP. Aqui varios bons músicos estão gravando também em LP, num material mais resistente aos arranhões, com a mesma qualidade dos antigos, que segundo os purista, é muito superior ao CD.
RépondreSupprimer