
Na praia de Sesimbra reparei no casal deitado à minha frente.
Era um casal silencioso...
Ela era cega, linda... a ele faltava-lhe uma perna.
A protese abandonada ao lado, na areia, também silenciosa...
De repente a mulher segredou algo ao ouvido do homem,
Ele pegou na protese, aplicou-a com naturalidade na perna que era so coxa e levantou-se.
Ela estendeu os braços, de olhos opacos muito abertos e ele ajudou-a a levantar-se, puxando-a pelos braços num gesto seguro.
Ficaram parados enquanto ela ajeitava o biquini e depois seguiram, lado a lado, de maos dadas, em direcçao ao mar, tao incompletos e tao complementares...
comovi-me.
Era um casal silencioso...
Ela era cega, linda... a ele faltava-lhe uma perna.
A protese abandonada ao lado, na areia, também silenciosa...
De repente a mulher segredou algo ao ouvido do homem,
Ele pegou na protese, aplicou-a com naturalidade na perna que era so coxa e levantou-se.
Ela estendeu os braços, de olhos opacos muito abertos e ele ajudou-a a levantar-se, puxando-a pelos braços num gesto seguro.
Ficaram parados enquanto ela ajeitava o biquini e depois seguiram, lado a lado, de maos dadas, em direcçao ao mar, tao incompletos e tao complementares...
comovi-me.
Sublime, Carlinha! Como tudo o que você escreve...
RépondreSupprimerObrigada por compartilhar esse momento. Aqueceu meu coração.
Beijos blues!
A essa cena eu junto o elemento de compaixao que permite a graca de aceitar as "faltas" evidentes e, espero, gozar do amor que a realidade apurou. Coisa rara e refinada...
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